quinta-feira, 6 de outubro de 2011

FEIRA DO LIVRO FRANKFURT- ALEMANHA





A Feira de Frankfurt, na Alemanha, trata-se do maior mercado do mundo no diz respeito à compra e venda d direitos, sendo realizada desde 1949 e atraindo anualmente mais de 7.000 expositores, provenientes de cerca de 100 paises, recebendo perto de 300.000 visitantes

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TweetBrasileiro também fala tupi




Você sabia que catapora significa 'fogo interno'; itu é 'cachoeira, queda d’água'; peteca é o mesmo que 'bater, dar golpe'? Essas e muitas outras palavras que a gente usa no dia a dia são de origem tupi. Dá para aprender muito mais do que isso com o livro Curumim Poranga (Editora Paulinas, 32 páginas, R$ 24,50), da escritora Neli Guiguer.

Na história, Giovani, 10 anos, passa a se interessar pela língua dos índios depois de um bate-papo pela internet com o curumim Poranga (curumim significa 'garoto, menino'; também está certo dizer curumi). Durante a conversa, Giovani descobre que muitas palavras que ele usa diariamente são de origem tupi.

“Quando os portugueses chegaram ao Brasil, eles tiveram de aprender a falar tupi; não foram os índios que aprenderam o português. No livro, quero mostrar que a gente fala tupi a todo momento”, diz Neli.

A obra vem acompanhada por um DVD interativo, em que é possível conhecer muitas outras palavras e expressões, além de nomes de animais, flores, árvores e até cidades e Estados que são de origem tupi.

Confira algumas palavras indígenas e seus significados:
caatinga: mato branco
caiçara: cerca de ramos; fortificação
cururu: sapo
imirim/imirin: rio pequeno
ipanema: água ruim, imprestável; rio sem peixes
itaipu: fonte das pedras
itapemirim: laje pequena
jabaquara: refúgio; esconderijo de fujões
jaguar: onça; aquele que devora ou dilacera
jaguari: rio das onças
mogi: rio das cobras
paquetá: muitas pacas
pereba (e não bereba, como muitos dizem erradamente): ferida com casca
pipoca: pele estalada

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O que o “Português Brasileiro” tem a ver com a língua Tupi?

Português e Tupi, Menino e Curumim, Rio e Tietê
O que o “Português Brasileiro” tem a ver com a língua Tupi? O que a literatura infantil tem a ver com a descoberta de significados? O que a recuperação do Rio Tietê tem a ver com a recuperação de seu real significado?

Os seis elementos destas 3 perguntas estão interligados. O Brasil é a única ex-colônia que fala Português sem o sotaque Português. E isto se deve, em grande medida, a influência do nheengatú (tupi). No artigo “O idioma brasileiro”, o jornalista Eduardo Fonseca (http://www.zbi.vilabol.uol.com.br/Oidiomabrasileiro.html) ressalta que as línguas africanas nos deram verbetes com os quais nos expressamos na forma espiritual, na culinária, no lazer e em gírias: Bunda, xodó, gogó, tijolo, zureta, muvuca, maluco etc... As línguas indígenas, em especial o Tupi, incorporaram ao Português verbetes que nos clareiam, até hoje, o sentido locativo e toponímico, fauna e flora: Tatuapé, Maracanã, Ipiranga, Anhangabaú (e boa parte dos estados e rios brasileiros), jacaré, tatu, garça, guará, samambaia, jequitibá etc... O Português nos deu verbetes que nos fornecem condições jurídicas, políticas e didáticas. Além destas duas grandes influências, das línguas africanas e indígenas, o português de hoje também recebeu vocábulos trazidos pela fala dos imigrantes de diversas partes do mundo, em especial, da Europa.



Quer saibamos ou não, ao falar o português brasileiro, falamos muitas coisas em Tupi (e de muitas outras línguas indígenas). Essa é a primeira coisa que surpreende o menino Giovani, personagem do livro Curumim Poranga, de Neli Guiguer. Giovani é um menino de dez anos que estava interessado em aprender a língua tupi. Em uma sala de bate-papo da internet, procurou por um indígena. Conheceu Curumim Poranga, descendente de índios, que lhe revelou um segredo: ele, Giovani, já falava tupi. Tão espantado quanto Giovani, o leitor de Curumim Poranga pode ficar, ao descobrir a poderosa influência do tupi no português falado no Brasil. Por exemplo, se alguém lhe contar que foi ao Ibirapuera, viu capivaras correndo e taturanas no Jequitibá, brincou de Peteca e comeu mingau, todos os nomes usados vieram do Tupi.

A autora, pesquisadora e colaboradora para a preservação da cultura indígena, Neli Guiguer, dá uma lista de palavras e expressões oriundas do tupi que nomeiam os lugares, a fauna e a flora do Brasil. Na verdade, sua obra é o fio condutor para uma reflexão sobre a identidade do povo brasileiro - mesmo sendo resultado de uma mistura de etnias, não podemos nos esquecer de que os verdadeiros descobridores deste solo-mãe foram os indígenas. A boa literatura infantil faz o leitor - criança, jovem ou adulto - refletir sobre quem realmente é. Ao descobrir quem somos, de onde viemos, caminhamos para uma descoberta do significado de nossa existência. Desvendar um pouco do mistério da existência das coisas ao nosso redor, das profundezas dos significados das palavras fazem parte da eterna jornada de leitores, narradores e ouvintes.

As ilustrações de Fernando Vilela acompanham o tom jovial que a autora imprimiu ao texto e derrubam o estereótipo do indígena isolado, vestido de tanga, vivendo nas matas, longe dos benefícios que a tecnologia proporciona, como a conectividade, protagonismo na descoberta e a troca de informações. O livro é acompanhado por um DVD interativo que amplia o glossário de palavras de origem tupi, seja na fauna, flora, seja em capitais e cidades, com significado, fotos, histórico indígena e curiosidades. Ainda no menu, alguns textos complementam o aprendizado, como o da biografia de Padre Anchieta. Ele foi um dos primeiros a aprender o Tupi e o elevou à categoria de língua literária, abrindo canais de expressão artística na linguagem indígena.

Quem conhecer Curumim Poranga vai entender o prazer de se aprofundar no significado das palavras. Vai perceber a importância de recuperar o significado de palavras como Tietê. Se as ancestrais capivaras já voltaram ao rio, agora falta os paulistanos entenderem que pequenas palavras aparentemente sem muita história (como bitucas de cigarro) multiplicadas por milhões, não são apagadas de sua existência só pelo fato de voarem pela janela dos carros. Sua história contribui na formação de toneladas de lixo diário e esgoto que impedem o Tietê de respirar.

“Quem faz um poema abre uma janela / respira tu que estás numa cela / abafada / esse ar que entra por ela (...)"*. Como o Padre Anchieta percebeu, o legado tupi e de todos os povos indígenas nos ensinam como os mitos se relacionam com a vida cotidiana, como a língua é literatura e arte, e a arte literária é a própria vida. O que faço ao rio, faço ao meu irmão, o que faço ao meu irmão (seja ele da terra, do ar, das águas), faço a mim mesmo. O que faço com as minhas palavras, assim será a minha vida. O que faço com minha vida, assim serão minhas palavras.

As futuras gerações devem ter a chance de falar a palavra Tietê com fluência, conhecendo sua história, sua pureza, seu momento de poluição, sufocamento e quase morte, até o seu retorno que começa com a recuperação do seu real significado: Tietê, “rio verdadeiro”.

por Fabio Lisboa
http://www.contarhistorias.com.br/

quinta-feira, 28 de julho de 2011




BLOG DOS PROFESSORES RESPONSÁVEIS PELOS CENTROS DE DIVULGAÇÃO E CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO (CEDIC) DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE MOGI DAS CRUZES/SP

Reunião de 12 de março, nosso primeiro encontro de 2010
Na sexta-feira, 12 de março, realizamos nosso primeiro encontro de formação com os professores responsáveis pela coordenação do CEDIC.
Esse encontro foi realizado em novo formato(em período integral), atendendo a sugestão dos professores do CEDIC em avaliação no final de 2009, e contemplando os mesmos itens dos encontros de 2009: oficina, informações e estudo.
NESSE ENCONTRO:
1. Oficina:
1.1 – Presença da escritora Neli Guiguer, pela Paulinas, abordando o tema “O tupi no cotidiano brasileiro e sua historia”, remetendo-se a comunidade tupi da região de Mogi das Cruzes
1.2 - Presença do músico Gesiel de Oliveira, que por meio da música levou-as a reconhecer a abrangência da cultura indígena em nosso meio.
*Ambas propostas para o desenvolvimento de práticas de oralidade, leitura, conseqüentemente de escrita, permeadas por conhecimentos nas áreas de ciências naturais e sociais.